sexta-feira, 9 de maio de 2008

Polícias e coutadas

"Finalmente um polícia a dirigir a Judiciária!
A possibilidade existe na lei mas nunca tinha sido aplicada – invariavelmente a escolha recaía num magistrado. O que sempre me pareceu errado.

Primeiro porque a preparação para a magistratura é contra-indicada para funções de direcção de pessoas e instituições. A sua formação assenta em matérias técnico-jurídicas, prescindindo-se da investigação criminal ou de elementos que favoreçam a liderança. Como, aliás, se demonstra ao analisar a maioria das escolhas para esses cargos. Mas, sobretudo, porque a nomeação de magistrados por decisão política resulta num perigo iminente para a independência do poder judicial: o nomeado fica numa relação de quase-favor que é de evitar.
Os protestos apenas espelham um corporativismo desvairado de quem teima em ver o País dividido em duas classes: a sua e a de todos os outros
".

Carlos de Abreu Amorin, in Correio da Manhã

2 comentários:

Anónimo disse...

Óbviamente!!!!

Anónimo disse...

Aqui está alguém com bom senso.
Finalmente esse bom senso chegou a quem manda.
Agora a gestão do trabalho e dos recursos dos polícias é, finalmente, tarefa deles.