terça-feira, 15 de julho de 2008

Repensar a Polícia Judiciária (2)...

Atendendo ao número de comentários que o «post» anterior suscitou, e no decurso de muitas das ideias ali expostas, lanço um novo desafio.
Pelo que se depreende dos diversos comentários, estão três grandes modelos de organização da investigação criminal (IC) em debate:

1. Polícia Judiciária dependente do Procurador Geral da República (o sistema mantém as competências de IC disseminadas pelos diversos OPC’s – PJ fica com a criminalidade complexa e altamente organizada);

2. Um corpo único de investigação criminal (a IC da PJ, GNR, PSP e SEF são integradas num corpo único – modelo da PJ até ao início dos anos 90);

3. Modelo actual.

Aguardo os vossos comentários.

Carlos Costa

10 comentários:

Anónimo disse...

Eu penso que não só a Polícia Judiciária já deveria de ter sido repensada bem como todas as restantes forças e serviços de segurança em Portugal.
É sabido que em Portugal tudo funciona por "quintais" e "quintas" mas esta mentalidade tem terminar de vez pois os resultados saltam à vista de todos tanto na Polícia Judiciária como nas restatntes forças e serviços de segurança.
Há muito que já deveria de ter sido criada uma Direcção Nacional de Segurança Interna chefiada exclusivamente por magistrados especializados e estruturada/composta por elementos com formação superior pois o crime a isso obriga...e não vir para a P.S.P./G.N.R. com o 12.º ano que é o mesmo que vir com a quarta classe!!
As pessoas não podem continuar a ver a as forças e serviços de segurança como um refúgio para a falta de emprego ou o facto de não gostarem de estudar obirga as pessoas a irem para as "polícias"!
De uma vez por todas há que REPENSAR de forma séria tudo, acabando as mentalidades provincianas que ainda polulam estas instituições...

Cláudia disse...

Olá a todos.
Peço desculpa por ser em língua inglesa, mas como devem compreender, se assim não fosse, perderia a razão de ser. Obrigada a todos vós por tornarem o nosso país mais seguro todos os dias, por arriscarem a vossa vida pela de quem não conhecem e, agora, até mesmo por se arriscarem a ver a vossa vida privada devassada e mentiras atrozes escritas a vosso respeito. Bem hajam.

http://proud-of-the-pj.blogspot.com/

Anónimo disse...

Ao "Anónimo" das 14.00 horas do dia 16Jul08 (e sem qualquer intenção de criar conflitos nem provocar discórdia) lembrar-lhe-ia que:
Nos últimos anos, surgem cerca de 20 candidatos para cada vaga aberta nos diferentes concursos para as várias Forças e Serviços de Segurança.
E isto sem diferenciar os diferentes Corpos, pois que, nalguns deles, este valor é, ainda, bastante mais significativo.
Quanto ao nível académico, embora isso seja muito contestado a vários níveis (e nomeadamente em participantes deste blogue) surgem muitíssimos candidatos com habilitaçõas ao nível da Licenciatura e, mesmo, do Mestrado.
Parece-me, portanto, um pouco forçado dizer-se que a função policial constitui refúgio para
quem não quer estudar ou anda à procura de emprego.
Não obstante, respeito, óbviamente, a sua opinião.

João F. Figueira

Anónimo disse...

Caro Carlos Costa

não querendo influenciar negativamente o desenvolvimento do blog, julgo que mais importante que discutir propostas "de iure condendo", seria mais frutuousa uma discussão séria e fundada sobre o status quo da " nossa " PJ. Esta discussão passaria por:
- realização de uma sumula histórica da PJ ( desde o Decreto LEi 35042 ao dias de hoje....sem saber de onde vimos não poderemos saber para onde vamos). Aliás reparou que tal não consta do plano de cursos no Barro?
- realização de um diagnóstico organizacional ( balanço social,estruturas e carreiras)
- enquadramento da PJ no sistema de JUstiça, LOIC e relações com as autoridades judiciárias e restantes OPCs.

A propósito, seria interessantes publicar no blog a LOIC aprovada na especialidade e aprovada pelo PS, aqui fica o link:
http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c324679626d56304c334e706447567a4c31684d525563765130394e4c7a464451554e455445647762334e535156497651584a7864576c3262304e7662576c7a633246764c314a6c6247463077374e796157397a4a5449775a5355794d464268636d566a5a584a6c6379394a626d6c6a6157463061585a68637955794d45786c5a326c7a6247463061585a6863793951636d397762334e3059584d6c4d6a426b5a5355794d45786c615339515545776c4d6a41784f44556c4d6a42594a5449774d384b714a5449774b45645056696b6c4d6a41744a5449775158427962335a684a544977595355794d45786c615355794d47526c4a54497754334a6e59573570656d484470384f6a627955794d4752684a544977535735325a584e3061576468773666446f32386c4d6a4244636d6c7461573568624339555a586830627955794d455a70626d46734a5449775546424d4a5449774d5467314c6e426b5a673d3d&fich=Texto+Final+PPL+185.pdf&Inline=true


Nuno Domingos , sócio da Asfic e possuidor de uma árvore de papaias

Anónimo disse...

Não será forçoso dizer que as forças e serviços de segurança são refúgio para quem não vive apaixonado pelo saber mas isso seria uma discussão sem fim!!
"Repensar a Polícia Judiciária" implica repensar muitas mais coisas como "Repensar o papel do Ministério Público" e o papel das outras forças e serviços de segurança pois o modelo actual não serve ninguém dado que a Polícia Judiciária foi politizada, bem como as restantes forças e serviços de segurança e enquanto assim for, independência falsa, nada mais se fará em termos de investigação criminal seja na Polícia Judiciária, seja no resto!!
O mundo muda ao segundo e como tal as pessoas têm que se consciencializar que o "mundo do crime" cada vez é mais e melhor organizado e com nível académico o que obriga a que os que estão do lado dos "bons" tenham que acompanhar esse ritmo e daí a criação de uma Direcção Nacional de Segurança Interna com pessoas capazes em termos académicos.
O valor significativo em termos acdémicos é idêntico em todas as forças e serviços de segurança. A diferença reside que na Polícia Judiciária dá-se e promove-se esse valor acdémico ao passo que na PSP/GNR as hierarquias têm medo dado o provincianismo que ainda muito polula essas instituições.
O futuro do Ministério Público passará por alterar/repensar a Polícia Judiciária e tudo o resto quer queiram, quer gostem ou não!!! E a prova disso está nas declarações do senhor secretário do Gabinete Coordenador de Segurança...a falta de "coordenação" da informação para a comunicação social, entre muitos outros exemplos!!

Anónimo disse...

Companheiros, eu pertenço á investigação criminal da GNR há oito anos e pensei em deixar aqui um pequeno cometário mas, devido ao meu grau académico, inferior, ao invés do supeior aqui explanado, somente digo que não menosprezem os demais, ainda que somente tenham o 12.º de escolaridade, pois é lá que vão buscar a maioria da vossa tão prezada informação.
Digo ainda que e salvo melhor opinião, que não é por ter um Mestrado, ou uma licenciatura, seja lá em economia, relações publicas e outras, que são mais capazes de fazer investigação criminal, o problema por vezes é a falta de meios com que a GNR por vezes se depara.

Anónimo disse...

Ao "Anónimo" das 23.10 h do dia 21Jul, o Companheiro da Guarda:
Saudações e bem vindo a este blogue.
Concordo com o escreve.
De resto, todos nós sabemos, aqui na P.J., a extraordinária e desinteressada colaboração que sempre temos por parte dos militares da Guarda, quando dela necessitamos.
Sem os colegas da Guarda, por certo que muitos bons serviços ficariam, no mínimo, incompletos.

Ass. Um investigador da P.J.

Anónimo disse...

Carlos Costa, acho que se esqueceu de uma 4ª hipotese: o regresso de toda a IC à PJ.

Anónimo disse...

Ao anóniomo de 14/07, 00h34.
A 4ª hipótese que coloca, no fundo é a minha segunda, corpo único de IC.
Para que a IC regresse toda à PJ tem, necessáriamente, que haver um recrutamento de pessoas, cujas competências estão nos actuais investigadores dos OPC's, PSP, GNR e SEF.
É uma hipótese que me agrada bastante.
Carlos Costa

Anónimo disse...

Mais uma razão para uma policia unica forte e eficaz. http://www.inverbis.net/opc/judiciaria-explicar.html